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terça-feira, 27 de março de 2012

25 de junho de 2011

É ilegal sentir-se sufocado
Cale-se! Deixe que te dominem pelo silẽncio
É inútil pensar usando a razão
Deixe que espreitem e tentem te controlar

Cada passo, cada gemido, cada hora
Tudo será observado, você não tem escolha

Não faça silêncio ao andar
Não pise macio, não sussurre
Não vai esconder nada de ninguém
Todos estão atentos

Todos estão esperando
Esperando o  primeiro erro
Que depois de tantos
Será apenas mais um.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Casas Destelhadas em São Sebastião do Passé-BA (A Coisa Foi Feia!)


Minha noiva me contou e eu fiquei confuso: um vendaval quase a arrastou quando ela estava indo para o trabalho. Tudo bem, um vendaval! Mas a coisa ficou séria quando ela, que ainda estava nervosa, tentou descrever o acontecido. E nesse tempo eu, tentando entender, estava ficando agoniado também.
Nunca vou saber ao certo, pois não estava lá para ver (coisa que lamento), mas, segundo ela, um redemoinho estava varrendo o lugar e vinha do bairro do Agostinho do Amaral trazendo telhas de amianto, antenas parabólicas, tampas de tanques de PVC, tudo isso rodando sobre a cabeça dela e ela achando que iria morrer. Os fios estouravam e havia um barulho terrível. No desespero ela perdeu as sandálias e o guarda-chuva. Procurou um lugar seguro e (sei lá!) esperou...
O método dela foi se agarrar a uma viga para “não ser arrastada”. Do seu lado havia dois homens tentando segurar uma motocicleta, temendo que fosse levada pelo vento (pfff!). Mas, para “melhorar” a situação, passou uma senhora, desesperada, gritando que “o mundo ia se acabar, que tinha deixado os filhos na escola...” (imagino a situação). Depois disso o vendaval se dirigiu para o Centro de Abastecimento da cidade e arrebentou a estrutura do lugar. Não sei pra onde o vento foi, mas o estrago foi feio.
Agoniado por não ter estado ao lado dela para ajudar a se acalmar e observar o fenômeno fui ao seu encontro e saímos para ver os estragos e por onde a ventania tinha passado. Foi aí que comecei a procurar detalhes a respeito da forma da ventania e depois de um tempo ela disse que tinha “mais de cem metros de altura” e era muito largo... Nisso eu pensei: “Porra, isso foi um ciclone!, mas um ciclone no meio de Bastião?”.
Não sei o que aconteceu, mas aconteceu e levou telhados, fios de alta tensão, tanques, antenas e veio da região do pasto que fica próximo ao Agostinho do Amaral. O que eu queria era ter visto (além de estar ao lado de minha noiva para impedir que acontecesse algo), mas depois que vi como as casas das pessoas estavam, fiquei triste. Muita gente ficou no prejuízo. Tinha telhas de zinco penduradas em fios, pedaços de telhas de amianto espalhados pelas ruas, lixo por todo o lugar...
Para “compensar”, havia o pessoal, depois de tudo acontecer, pegando telhas de zinco que tinham caído do Centro de Abastecimento e levando... para vender, provavelmente. Igualmente, outras pessoas arrancando os fios de postes para o mesmo fim.
(Agora, enquanto escrevo, tem um homem falando que as coisas voando pela cabeça dele pareciam papel, um transformador de energia estourou... as regiões do Agostinho Amaral, IV Etapa, Alegre e Irmã Dulce ficaram sem luz até quase 8:00h)
Posso dizer que foi uma das vezes que já presenciei o caos, a agonia coletiva, e também o Efeito Gnu (de que tanto fala um amigo meu, Gilvan).
Ainda estou confuso com o fato, triste pelas pessoas e com outros problemas que me impedem de escrever um texto razoavelmente lógico e bom, mas espero que isso sirva para, ao menos, noticiar o que aconteceu, além de informar que durante minha caminhada pelo local do acontecido não notei a presença de representantes do poder público auxiliando as pessoas que estavam envolvidas na situação (“Bastião não tem Defesa Civil?” - perguntei a um amigo no Facebook).
Sei que este texto não está bom, assim como minha cabeça não está. Mas foi uma tentativa. Fico feliz porque minha noiva está bem, lamento pelas pessoas que tiveram prejuízos, fico pensando no porque de o poder público não estar no local cuidando da situação e, além de tudo, triste por não ter presenciado a coisa toda. No ápice da minha confusão concluo este texto mal escrito, mas escrito.
Ah, lembrando que só escrevi isso aqui, porque o blog se chama CASAS DESTELHADAS e eu não parava de pensar nisso quando via as casas das pessoas do jeito que estavam.

sábado, 3 de março de 2012

O menino e a bola


O menino com sua bola
Rebola, embola, enrola.
- Vem menino! - Chamava a mãe.
- Agora não mamãe! - Dizia o menino embolado com sua bola.
- Tomar banho menino! - Insistia a mãe.
- Hoje não mamãe. - Enrolava o menino rebolando com sua bola.

Irá Alves

(Para Gabriel Jorge, NOSSO sobrinho, que começou na escola essa semana)

Televisão de Cachorro

Solução do meu Tetris
Chave Mágica do meu Star Road
Combo do meu Fatality

Você é a peça certa
A que faltava
A que resolve os meus problemas

Você é a combinação certa de botões
Você é a solução no último segundo
Não dá para passar de fase sem você


dell Rios